Recorde à lupa o golo de Aimar ao Paços de Ferreira
Sempre se assumiu como uma pessoa tímida fora do campo, mas indomável dentro das quatro linhas. O futebol para ele só se joga em 90 minutos e não compreende como se «perde uma semana a falar sobre um jogo».

Para mais quando o tema nem é um golo, uma finta, um desarme, uma grande defesa.

Mas o minuto 13 do jogo de anteontem, entre o Benfica e o Paços de Ferreira, teve um mérito: pelo menos o dia seguinte foi passado a falar de um momento de génio. E não de arbitragens, polémicas ou políticas desportivas.

Porque não foi um golo qualquer. Porque foram 12 segundos seguidos com a bola no pé, sempre em progressão, desde o meio-campo da sua equipa (a 60 metros da baliza) até à entrada da área do adversário, culminando com um remate em arco, de pé direito. 10 toques na bola, três adversários driblados (Pizzi, Filipe Anunciação e Maykon) e dois contornados (a bola passa junto ao corpo de Cohene e fora do alcance do guarda-redes Cássio). Tudo em 36 passos, em 45 metros de terreno. Sem nunca olhar para a bola, cabeça sempre levantada.



O golo à lupa:
12 segundos;
10 toques;
60 metros percorridos;
36 passos;
3 adversários driblados;
2 adversários contornados;
1 remate indefensável;

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