Cardozo: Quero voltar a gritar campeão
Em altura natalícia, Tacuara adia a prenda para o final da temporada. Mas quer mais do que uma: sagrar-se novamente o melhor marcador do futebol português levaria o internacional paraguaio a repetir o que chama de “volta olímpica”.

RECORD – Depois de ter sido campeão nacional, que espera para o ano de 2011, tanto no campo pessoal como desportivo?

OSCAR CARDOZO – O meu desejo para o próximo ano passa por fazer um bom trabalho no Benfica, o clube onde me sinto muito bem e de onde não penso sair até que termine o meu contrato. Quero voltar a gritar “campeão” com a camisola do Benfica. Isso foi algo que me deu muita satisfação e alegria num passado recente e que, sinceramente, quero repetir.

R – Estamos no final de dezembro e o Benfica encontra-se a 8 pontos do líder, FC Porto. Acredita mesmo que é possível recuperar terreno no campeonato?

OC – Para mim, e é o que posso dizer, é que ainda não perdemos nada. Falta uma volta inteira de campeonato para disputar, são muitos jogos. Podem acontecer tantas coisas ainda... Com o esforço de todos os meus companheiros, continuaremos em frente sem olhar para os outros. É isso que todos pretendemos no Benfica, não há outra forma.

R – Ser novamente campeão pelo Benfica é um sonho?

OC – É mais que do que um simples sonho. No ano passado tive a oportunidade de fazer a volta olímpica pelo Benfica, já que, sendo goleador, fui também o melhor marcador da temporada. No campo pessoal isso seria algo maravilhoso e no que toca ao grupo, já o afirmei, queremos voltar a ganhar a Liga.

R – A equipa prometeu muito no início da temporada, mesmo em termos de Liga dos Campeões. O que aconteceu para que a prova europeia tenha sido uma deceção?

OC – Não aconteceu nada. O futebol é assim e não é possível a mesma equipa ganhar sempre tudo. Isso é o bonito do futebol, que tanto nos dá coisas boas como más. Agora temos de pensar na Liga Europa, a prova na qual estamos inseridos, e trataremos de fazer o melhor possível nessa competição.

R – Na Liga Europa coube em sorte ao Benfica defrontar o Estugarda, em encontro dos 16 avos-final. O que se pode esperar verdadeiramente da equipa?

OC – Ainda é muito cedo para falar disso. Os jogos com o Estugarda são apenas em fevereiro e ninguém sabe o que vai acontecer amanhã. É evidente que desejamos vencer, ser campeões de uma prova tão importante como é a Liga Europa, mas, para já, vamos pensar exclusivamente nos próximos desafios. Vamos trabalhar para ter bons resultados em todas as competições, isso é certo.

OC – Ainda é muito cedo para falar disso. Os jogos com o Estugarda são apenas em fevereiro e ninguém sabe o que vai acontecer amanhã. É evidente que desejamos vencer, ser campeões de uma prova tão importante como é a Liga Europa, mas, para já, vamos pensar exclusivamente nos próximos desafios. Vamos trabalhar para ter bons resultados em todas as competições, isso é certo.

OC – Tudo é possível, desde que eu e os meus companheiros consigamos dar tudo para sair vitoriosos. A ideia é ganhar logo no primeiro jogo, em casa, e se o conseguirmos também como visitantes, melhor ainda. É o que queremos!

R – Jorge Jesus chegou a confessar que ambicionava ganhar a Champions. Uma das ambições deste grupo do Benfica é chegar à final da Liga Europa?

OC – Não sei se é chegar à final ou ganhá-la mesmo, mas tanto eu como os meus colegas no Benfica desejamos alcançar a final de tão importante competição. Com esforço e muito sacrifício tentaremos conquistar esse objetivo

R – Lesionou-se em Gelsenkirchen e esteve praticamente dois meses afastado dos relvados. Com a equipa a viver ruma situação irregular, tanto a nível interno como na Europa, como acompanhou de fora a situação?

OC – Realmente sentia-me muito impotente, porque morria de vontade de entrar a jogar lesionado e tudo, mas não podia. É o pior que pode acontecer a um jogador, ver a sua equipa desde as bancadas e ter, precisamente, essa impotência de não fazer nada. É uma situação horrível, mas o futebol é assim e não podemos remediar coisas como estas.

R – Maxi Pereira afirmou recentemente, numa entrevista concedida a “Record”, que não trocaria Cardozo por Falcão. Esta afirmação é um motivo de orgulho?

OC – Ao ler isso, confesso que fiquei surpreendido. Realmente, o carinho que têm por mim em Portugal é impressionante. É um orgulho que um colega meu tenha afirmado isso e é muito importante.

R – Com contrato até 2014, quanto tempo mais espera ficar no Benfica?

OC – Como já disse, não penso sair. Ou melhor, digo que nem louco saio do Benfica. Estou no clube com muito gosto. Os companheiros tratam-me de forma maravilhosa, os dirigentes, os sócios do Benfica, todos me tratam bem e isso faz com que não queira sair deste clube. E, sim, ficarei até final do meu contrato.

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