Sobre o actual momento do Benfica

Estamos finais de Outubro e o campeonato ainda não está perdido. É obra. Com Koeman, em 2005/2006, já estávamos a uma bela distância do líder, o mesmo com Fernando Santos em 2006/2007 e com Camacho em 2007/2008. Pela primeira vez em 5 anos o Benfica, a jogar bom futebol, não está longe do topo da tabela. Na Europa, ao contrário do que aconteceu com Quique, não estamos eliminados, longe disso até. Líderes do grupo. Parece ir tudo de vento em popa.

Tudo parece ir bem no reino da águia. E efectivamente é isso mesmo que se passa. Se tudo correr como esperamos, na próxima segunda-feira à noite, a Liga Sagres terá novo líder. Por isso, não é de espantar que se diga de tudo um pouco sobre este Benfica: "só ganham e goleiam a equipas pequenas", "os golos são todos de penalty", "fora de casa são facilmente abatíveis", "os adeptos levam-vos ao colo", "os árbitros levam-vos ao colo", "os golos são todos em fora-de-jogo", "estão todos dopados", "é temporário, quando perderem um jogo perdem logo dois ou três de seguida", "Jesus é um bluff", "ganham todos para cima de um balúrdio", "Saviola está velho", "Aimar vai lesionar-se", "Jesus é o rei das pubalgias", "em Dezembro estão de rastos", enfim, é um chorrilho de asneiras nunca vistas. Nunca vistas porque nunca sentiram tanto medo de um Benfica tão forte neste século. É um facto.

Aos que dizem "cuidado com as euforias", só tenho de responder com o seguinte: em parte, é esta onda positiva de euforia que tem levado o Benfica "ao colo" rumo às vitórias e às goleadas. São os fantásticos adeptos que, na Luz ou fora, acompanham a equipa e dão força para vencer. Mais euforia torna-nos mais fortes e intimida os adversários, não só os que jogam connosco cada fim-de-semana mas também os dois rivais directos. A onda vermelha de Trapattoni levou o Benfica ao título. Não acredito que o Benfica conseguisse esse campeonato sem o apoio dos seus adeptos que encheram a Luz e os outros campos por esse país fora. Por isso, meus caros, é imperativo apoiar em massa o Benfica, em casa ou fora, sábado, domingo ou mesmo segunda-feira, a que horas for o jogo.

No ano passado, se tivéssemos ganho ao Nacional de Madeira (que será o nosso adversário nesta jornada), ficaríamos com 4 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Não nos deixaram. A época de Quique Flores teria sido, certamente, muito diferente. Segunda-feira, na Luz, o vosso apoio é fundamental para que a História não se volte a repetir. E para que o Benfica se reencontre com a sua História.

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